Estamos em uma nova era de consumo, em que as regras são diferentes. Antes as marcas ofereciam produtos aos consumidores sem consultá-los sobre suas necessidades e desejos, como a oferta e a informação eram poucas, as pessoas acabavam consumindo. Hoje há uma inversão desse processo, onde os consumidores mostram de forma declarada ou não seus desejos e as marcas criam produtos que atendam suas necessidades, ou ainda, através de pesquisas e estratégias de marketing as empresas conseguem criar desejos que motivam o consumo, pois o atual consumidor não busca apenas um produto, ele busca também novas experiências. Por tanto, a chave para entender esse processo é o consumidor.
Atualmente o consumo está focado em sensações e emoções ao invés dos produtos em si, pode parecer estranho pensar desta maneira, mas se observamos, iremos constatar que ao comprarmos um produto logo pensamos nos benefícios particulares, sociais, racionais e/ou psicológicos que ele pode nos trazer, como: status, design, conforto, segurança, beleza, felicidade, etc É neste momento que deparamos com um dos contrastes do consumo de moda, em que ao mesmo tempo em que adquiri-se algo para a diferenciação, também consome-se para a inclusão e identificação. E é nesse contraste que as marcas devem encontrar um equilíbrio para não ter sua imagem banalizada.
O processo de massificação de uma marca de moda pode ser bom no início, quando a marca ainda está sendo divulgada e pulverizada, pois isso a torna conhecida, o que pode alavancar suas vendas, mas quando ela chega ao patamar de massificada tem sua importância reduzida, pois deixa de ser novidade e começa a passar por um processo de rejeição. Ou seja, em busca desse sentimento único, acabamos por trocar aquela marca, que foi há muito tempo nossa companheira, para procurar por outra, que vá desempenhar um novo papel de nos vestir exclusivamente sem que pareçamos uniformizados ou meras cópias de outras pessoas.
Afinal, é bom para um marca ser conhecida? Com certeza, mas não é bom quando uma marca tem sua imagem banalizada, isso ocorre quando seus produtos são excessivamente pulverizados, tornando-se de fácil consumo e visibilidade, o que desgasta a imagem da marca pela exaustão da repetição. Então a marca perde o efeito de novidade e como na moda novidade é essencial, acaba-se por perder uma forte estratégia de mercado. Vale lembrar que a marca é o ativo mais importante que uma empresa tem, por isso é necessário cuidar dela para que se mantenha no mercado com lucratividade e identidade.
*esse texto foi escrito por: Vanessa Castro e Tamires Barros
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